Embora chamada comumente de amora silvestre, os frutos de R. urticifolius são do tipo framboesa, já que são ocos e não inteiros como a amora preta, por exemplo.

A planta é uma trepadeira que pode atingir até 3 metros de altura. Os ramos escandentes, isto é, apoiantes, têm pelos e espinhos. As folhas são compostas por folíolos verde-acinzentados na face abaxial e verde-claros na face adaxial; os bordos são serreados. Floresce e frutifica ao longo de todo o ano. As flores, brancas, são reunidas em cachos terminais. Os frutos, do tipo agregado, são globosos e comestíveis e sua coloração varia do vermelho ao roxo escuro, quando maduros. O sabor é acidulado e um pouco adstringente.  Pode ser consumido in natura ou utilizado no preparo de sucos e doces, à semelhança de preparações feitas com amoras e framboesa.

É uma espécie muito frequente em seu habitat natural, as beiras de matas e capoeiras e ocorre  principalmente em regiões de altitude desde MG até o RS. São raros os cultivos dessa planta, embora seus frutos sejam apreciados por quem os prova. Por seu hábito trepador, apoiante, pode ser conduzida em suportes como pergolados ou como cerca-viva, podendo assim assumir, por exemplo, a função de delimitação e proteção (devida aos espinhos) de um terreno. Além, claro, de embelezar o ambiente e produzir frutos.

Segundo Kinupp (2007), R. urticifolius é a espécie mais comum na região metropolitana de Porto Alegre e produz grande quantidade de frutos.