Árvore de baixo porte, perenifólia, de tronco pouco desenvolvido, com casca escura e rugosa com fortes e longas fibras. Possui folhagem verde-escura de folhas alternas, simples, em um mesmo plano. A planta apresenta flores amarelas pouco vistosas, com três lobos laterais simétricos, com perfume abundante e característico. Os frutos tem forma de um peão pequeno, porém com casca escamada, que lembra uma pequena pinha, medindo de 4 a 5 cm de diâmetro, com casca verde-escuro quando imaturos, tornando-se bem amarela quando maduros.
Floresce entre os meses de outubro e novembro e frutifica entre março, abril e maio.
É uma espécie de meia sombra, que ocorre no sub-bosque ou beira da mata baixa podendo ser encontrada ainda em capoeiras; característica de vegetação secundária de várias formações florestais.
No Brasil o araticum-do-mato é encontrado desde PE até o RS, MG, GO, MS, em várias formações florestais. Em nosso estado ocorre na Depressão Central e no Escudo Sul-Riograndense.
É indicada para reflorestamento de áreas degradadas e áreas de preservação permanente, por ser de rápido crescimento e ser um importante recurso alimentar para a fauna silvestre. Pode ser utilizada como ornamental e para propiciar boa sombra. A casca é tradicionalmente utilizada para amarrar feixes, servindo para o fabrico de cordas grosseiras (daí outro de seus nomes populares: “embira de araticum”, uma alusão à embira - Daphnopsis racemosa). A madeira é pouco utilizada, devido à baixa resistência e durabilidade.