Esta espécie de ingazeiro é típica das beiras de rios e ocorrem em quase todo o Rio grande do Sul. É uma árvore de médio porte, perenifólia, de tronco reto e cilíndrico, com ramos longos, densos e baixos. As folhas são compostas por folíolos lustrosos na face superior e mais claros e pubescentes na face inferior; a raque é do tipo alada. As flores são brancas, pilosas, melíferas. O fruto é um legume linear (vagem) amarelado, piloso, um pouco curvo, com quatro quinas ou ângulos (daí um de seus nomes populares). Cada fruto contém de 1 a 8 sementes de coloração castanha, envoltas por um arilo mucilaginoso branco comestível. A polpa (sarcotesta da semente, neste caso) é comestível.
O fruto do ingazeiro é um importante recurso alimentar para a fauna silvestre em geral. A casca da árvore pode ser usada para curtir couros, por causa de suas propriedades tanantes. A infusão da casca tem propriedades anti-sépticas.
Floresce de setembro a outubro e frutifica entre os meses de fevereiro e julho.
Distribui-se em toda a América Central até o Uruguai. No Brasil ocorre desde PE até o RS, onde ocorre em todas as formações florestais do estado.
A propagação é feita a partir de sementes e a germinação costuma ser rápida. A semeadura pode ser feita imediatamente (sem precisar retirar o arilo ou a polpa que envolve as sementes), preferencialmente em canteiros ou embalagens individuais. A taxa germinativa é alta, em torno de 80% e a emergência inicia entre 5 e 15 dias após a semeadura. A repicagem pode ser feita quando as plantas alcançarem de 10 a 15 cm de altura e o plantio definitivo, após 3 a 4 meses.
É uma árvore indicada para a recuperação de barrancos de rios e outros ecossistemas inundáveis, já que é muito bem adaptada a esse tipo de ambiente.