M. cucumis é uma trepadeira com gavinha simples, em forma de mola, de ramos herbáceos fortemente sulcados e com tricomas (pelos) desenvolvidos. Folhas membranáceas, cordiformes, com três ou cinco lobos, com tricomas. Os pecíolos possuem tricomas bem aparentes. As flores são amarelas e pequeninas. Os frutos são verdes marcados com listras ou faixas claras, ovóide-oblongos e glabros. Medem entre 3 e 6 cm de comprimento e 2 a 3 cm de diâmetro.
É uma espécie típica de bordas de mato e locais com marcada ação antrópica (lavouras, quintais) e bastante comum na região metropolitana de Porto Alegre.
Floresce entre novembro e março. O auge da frutificação em Porto Alegre dá-se nos meses de verão até o início do outono. Ao final do outono a folhagem seca e morre, mas, como as raízes são perenes, a parte aérea volta a rebrotar na próxima estação. Alguns autores afirmam que a frutificação pode ocorrer ao longo de todo o ano.
Distribuição: no Brasil tem ampla distribuição entre os estados de GO, MT, MG, ES, RJ, SP, PR e RS. Ocorre ainda na Colômbia e Argentina.
Kinupp (2007) registra estudos que relatam o uso alimentício dos pepininhos por etnias indígenas e populações camponesas na Argentina. A espécie é consumida in natura pelos índios guaranis de Missiones, os quais a denominam de anguyá sandia (melancia-de-rato).
No RS há produtores que elaboram conservas (picles, no caso) com os pepininhos. O produto parece que se destina basicamente ao consumo caseiro, mas parte dele pode ser comercializada eventualmente em feiras livres da região.