Rabo-de-Rato
canambaia (“folha caída que dá fruta”), pitainha-de-forquilha, cruzeta, cacto-correia
Nome Científico: Lepismium cruciforme (Vell.) Miq.
Família Botânica: Cactaceae

Cacto epífito ou rupícola com cladódios pendentes, alados, com três lados a cinco lados, medindo 15 a 90 cm de comprimento, de ápice piloso. As muitas raízes adventícias servem para fixação da planta. As flores laterais, solitárias ou em curta inflorescência, são brancas a rosadas e densamente pilosas. Os frutos são bagas de cor vermelha brilhante quando maduros, com polpa gelatinosa e adocicada envolvendo as pequenas sementes. A frutificação ocorre principalmente entre janeiro e março e os frutos comestíveis, apesar de pequenos, têm sabor adocicado e agradável; atraem diversas espécies de pássaros.

A planta é muito ornamental para ser cultivada dentro da casa em áreas ou varandas. Nativo do RS, L. cruciforme ocorre na Planície Costeira, Depressão Central, Planaltos das Missões e das Araucárias.

Cultivo: o cultivo pode ser em vasos com substrato feito de cascas, folhas e pedaços de galhos secos e apodrecidos, sobre forquilhas de arvores que tenham casca grossa ou no solo em canteiros com substrato bem poroso e drenado. É uma planta que  resiste a geadas de até – 3o graus e déficit hídrico por alguns meses. Aceita bem tanto a sombra quanto a exposição ao sol, adquirindo coloração avermelhada neste caso. 

As sementes, por serem muito pequenas, devem ser postas numa peneirinha antes de lavadas sob água corrente (para retirada da polpa viscosa); após, secas sob o sol em torno de 3 horas. Pode-se, então, semeá-las superficialmente em substrato de terra vegetal. A germinação ocorre entre 30 e 60 dias. O crescimento das mudas é lento atingindo cerca de 30 cm após um ano de plantio. Outra forma de propagação, mais rápida, é possível pelo plantio de pedaços dos cladódios (medindo entre 8 e 15 cm de comprimento) cortados da planta mãe e enterrando-se a base 2 a 3 cm em substrato rico em matéria orgânica. Embora mais rápida, na propagação por porções do cladódio da planta mãe perde-se a variabilidade genética entre as plantas, pois as mudas serão clones, ou seja, idênticas à planta de origem. Quando a muda é obtida a partir de sementes, a frutificação inicia-se por volta dos 4 ou 5 anos de vida. No caso daquelas produzidas por estaquia, os frutos vêm em torno de 1 ou 2 anos.

Manejo: à medida que a planta for crescendo, os ramos podem ser amarrados para subirem no tronco da arvore; as raízes ajudarão na fixação ao tronco. No caso de plantio em vasos, os cladódios podem ser podados quando crescerem por mais de 1 m de comprimento e os ramos das podas podem ser usados para fazer mudas. A cada 3 ou 4 anos é recomendado tirar a planta do vaso para trocar de substrato e, caso ela esteja grande demais, é bom dividi-la em 2 vasos.