Saputá
pau-marfim, cereja-de-pobre, amarelão, umbu-do-mato, amay (Guarani), raíz-de-cerveja, sombre-de-toro (Castelhano)
Nome Científico: Agonandra excelsa Griseb.
Família Botânica: Opiliaceae

Árvore de porte baixo, entre 5 e 10 metros de altura, totalmente sem pilosidade, de copa mais ou menos arredondada. O tronco é cilíndrico, de casca grossa e irregular, de coloração cinza escura. As folhas são alternas, verde opacas e com nervuras secundárias pouco evidentes. O fruto é uma drupa um pouco menor do que uma nêspera, com semente única arredondada, de polpa mucilaginosa, espessa e adocicada. A casca do fruto é lisa e lustrosa, mantém-se verde-limão mesmo após a maturação. Produz anualmente uma pequena quantidade de frutos e sementes viáveis. As raízes, ricas em saponinas, são utilizadas no preparo de uma bebida espumante similar a cerveja, por isso o nome popular “raiz de cerveja”.

Floresce predominantemente entre julho e setembro e os frutos amadurecem entre os meses de novembro e dezembro.

Ocorre de MG até o RS, principalmente pela floresta estacional da bacia do Rio Paraná, e na encosta e planalto meridional do Estado.

É uma espécie semidecídua, isto é, parte de sua folhagem cai parcialmente no inverno. Em seu habitat pode ser considerada rara devido à baixa freqüência e pela distribuição descontínua que apresenta. Em Porto Alegre somente foi descoberta recentemente. Prefere terrenos úmidos de beiras de rios.

Para a obtenção de sementes, os frutos podem ser colhidos quando inicia a queda espontânea ou mesmo quando já caídos no chão. A retirada é manual da semente sob água corrente. A semeadura deve ser feita preferencialmente logo após a despolpa do fruto. Um quilograma de sementes contém cerca de 600 unidades. A emergência dá-se em torno de 40 e 60 dias e a taxa de germinação é baixa.