O gênero Bactris
É o maior gênero brasileiro de palmeiras, com cerca e 44 espécies. Distribuem-se principalmente na Mata Atlântica e na floresta tropical da região Amazônica, crescendo quase sempre no sub-bosque. Este gênero compreende plantas de pequeno e médio porte, geralmente cespitosas e com espinhos. O nome Bactris é uma derivação do grego bactron (que tem o significado de cana), uma referência aos seus nós e entre-nós semelhantes à cana-de-açúcar. As folhas podem ser inteiras ou palmadas. As inflorescências estão estruturadas em espigas ou ramificadas, com bráctea lisa ou com espinhos. Frutos geralmente com uma semente.
O tucum, palmeira comum em sub-bosques, ocorre na forma de caules agrupados formando touceiras densas com 2 a 6 metros de altura. O caule é anelado e armado de espinhosos. As folhas são pinadas e podem medir até 2 metros de comprimento. Possuem a bainha, pecíolos e raque densa até moderadamente armados por espinhos amarelos. As inflorescências, formando cachos, são compostas em média por 12 a 22 ramos e são protegidas por bráctea peduncular fortemente armada. Os frutos globosos, roxo-escuros quando maduros, são suculentos e comestíveis. Medem entre 1,5 e 2 cm de diâmetro.
Além do fruto e a amêndoa serem comestíveis, o tucum fornece palmito. Por seu hábito cespitoso essa espécie deveria ser estudada com relação ao seu uso sustentável como fornecedora de palmito integrada, por exemplo, em sistemas agroflorestais.
Floresce de outubro a novembro e frutifica de dezembro a fevereiro.
Ocorre desde a BA até o RS, em áreas costeiras, nos sub-bosque da Mata Atlântica. Da mesma forma, ocorre nas áreas abertas dessas regiões, sobretudo em solos úmidos e brejosos.
Importância: os frutos são comestíveis e muito procurados pela fauna silvestre em geral. Das fibras das folhas são tradicionalmente feitos barbantes muito resistentes para uso em redes de pesca.
A propagação dá-se por sementes. Um quilo equivale a 300 frutos inteiros. A germinação é lenta e a taxa, baixa.